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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Filhos e fãs

"E nos seus olhos era tanto brilho, que, mais que seu filho, eu virei seu fã". Putz! Como cantei esses versos que ficaram conhecidos na voz exemplar de Nelson Gonçalves (http://letras.mus.br/nelson-goncalves/47663/), que a gente não se cansava de ouvir. Forte, afinada e carregada de trejeitos daqueles cantores (hoje considerados) antigos, como Ataulfo Alves, Cauby Peixoto, Agnaldo Raiol, entre tantos outros. É muito bom poder ser fã de alguém tão próximo da gente, como pai ou como filho.

Eu que o diga: não sei o que é conviver com um pai desde os meus 4 ou 5 anos. Não tive a oportunidade, portanto, de refletir com meu pai, de discutir, de discordar, de dar meu braço a torcer numa conversa com ele. Se tive, não guardo recordação. Se tive, a suposta reflexão ou discussão não teve, certamente, o refinamento a que me refiro. Lógico: eu adoraria ter tido.

É engraçado como hoje muitos pais há que não têm essa discussão com os filhos na busca de desenvolver, aprimorar ou ajustar uma ideia, seja lá sobre o que for. Longe, muito, mas muito longe de querer generalizar irresponsavelmente, mas há muitos pais e mães que, mesmo tendo oportunidade para tal, não se dão ao luxo de promover diálogos, discussões, reflexões. Antes, atendem os pontos de vista de seus filhos que, muitas vezes, sequer argumentam. Dizem o que acham, o que querem, o que pensam. E ponto.

Graças a Deus, tenho com minhas meninas (ou penso ter) muitas oportunidades de discutirmos, de divergirmos, de negociarmos, de colocarmos uns para os outros os nossos pontos de vista sobre qualquer coisa. Dessa forma, promovemos uma mútua possibilidade de crescimento que traz para os nossos olhos tanto brilho, que, mais do que filhas e pai, somos fãs uns dos outros. 

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