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sábado, 12 de outubro de 2013

Coração de criança

"Eu sei como pisar no coração de uma mulher. Já fui mulher, eu sei. Já fui mulher, eu sei", são versos de Chico Cesar, na música Mulher eu Sei (http://letras.mus.br/chico-cesar/45198/) - uma daquelas muitas músicas que, além da qualidade melódica e harmônica, parecem abraçar a gente pra dizer coisas contundentes no ouvido. E tem coisas que, mesmo ditas de um modo, se fazem entender de outro.

Hoje, no dia das crianças, madruguei com esses versos me dizendo algo diferente do que está escrito e cantado. Ele se refere a saber pisar no coração de uma mulher. Toda mulher já foi criança. E fico aqui pensando se há quem saiba pisar no coração de uma criança. Não deve haver crueldade maior, razão pela qual fico aqui querendo um daqueles instrumentos do Matrix para apagar registros de memória. Sim, eu usaria para apagar conhecimentos relativos a qualquer tipo de mau trato a crianças.

E não me refiro aqui apenas a maus tratos físicos, que esses são repugnantes e dignos da maior punição que houver, sem dó nem piedade. Maltratar psicologicamente - seja de maneira consciente ou não - toda forma de opressão, toda ameaça, toda privação, toda enganação deve ser condenada à inexistência. À criança, apenas aquilo que vá tornando-as pessoas melhores a cada dia.

Penso aqui também não apenas nas crianças que vemos correr por aí, que vemos brincar por ali, que vemos brilhar a seu modo e a seu tempo; penso, sim, na criança que existe em cada um de nós. Na criança que, sob a roupagem de adulto, quer continuar tendo espaço e tempo para brilhar, formas e liberdade de brincar, para crescer com um coração cheio de alegria, distante de qualquer solado de adulto. 


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