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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O melhor

Quem ouve a música "Infinito Particular", de Marisa Monte, se depara necessariamente com os versos iniciais: "eis o melhor e o pior de mim". Pus-me a pensar nisso hoje, que foi um dia atribuladíssimo, com aulas, ensaios, pagamentos de conta, encontros de trabalho, passeio com filhas e tanto mais. É madrugada (embora o horário do blog tenha sempre um estranho "fuso" de 6 horas a menos). E eis-me aqui para fechar o dia escrevendo.

Primeiro, é preciso destacar que as pessoas ideais, das quais somente viriam coisas boas, em gestos, palavras, atitudes etc., ah... essas aí, sei não, viu? Acho que só existiram na formulação de Platão, naquele que ele chamou de "mundo das ideias". As mulheres que buscam o homem ideal, os pais que procuram os filhos ideais, os professores que sem embrenham atrás de alunos ideais, empresários atrás de profissionais ideais, eleitores que querem eleger polísticos ideais... Tem não.

Também não dá para dizer que ninguém é bom. Esta não é uma ideia completa (se é que o há). Ninguém tem coração no qual só habite o mal, ninguém maquina maldade o tempo todo. A composição do nosso ser é um tanto mais complexa do que imaginou Maniqueu (que, aliás, ao conceber tudo como uma realidade dual na qual só existem o bem e mal, acabou propiciando a criação do termo "maniqueísmo"). Talvez seja mais complexa do que propôs Freud, mais simbólica do que defendeu Jung...

O fato é que o bem e o mal estão em nós e ajudam a constituir a nossa natureza. Em nós, sem a menor sombra de dúvida, estão o melhor e o pior. Daí, uma questão de escolha: o que temos a oferecer para nós mesmos, para o nosso próximo, para o nosso mundo. Que líquido tem na nossa garrafa? Que palavras há no livro que somos nós? O que escolhemos dar a beber? O que escolhemos oferecemos de nós para que leiam? 

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