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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Mãos de gigantes

Umberto Eco, em um de seus muito bons livros (Como se escreve uma tese) dá um conselho que comumente passa despercebido. Faço questão de destacá-lo aos meus alunos na Universidade. Segundo o autor, um dos segredos para se obter sucesso na pesquisa, é preciso apoiar-se nos ombros de gigantes. Isso porque, a partir desta posição, pode-se ver mais longe. 

Isso dá ao pesquisador a dimensão de que é preciso humildade para ser grande. Citar outros que já trilharam o percurso que se está iniciando é um sinal de grandeza. Assim é que crescemos: mirando-nos nos que são maiores que nós, seguindo seus passos, ouvindo seus conselhos, acatando suas orientações. O objetivo não ser igualmente grande, mas crescer.Vale para a pesquisa; vale para a vida.

Um pessimista me diria que a maior fonte de frustrações é o tamanho da expectativa. E complementaria com o inegável lugar-comum, segundo o qual "quanto maior a altura, maior o tombo". É verdade, não nego. Mas não se pode deixar de tentar subir, de tentar ser alguém melhor (sem que isso, é claro, implique menosprezo a quem quer que seja). É preciso querer ser grande, ser inteiro, como dizia Fernando Pessoa, e brilhar alto, como brilha a lua no alto céu e no seu reflexo no lago sereno.

A experiência que vivenciei hoje, foi de um aprendizado sem tamanho. Em uma das decisões mais difíceis que já tomei na minha vida, justamente para tentar crescer pessoal e profissionalmente, veio-me um telefonema no meio da tarde. Um telefonema de uma pessoa que, para mim, sempre foi um gigante de caráter, de profissionalismo e de competência. Recebi todo apoio necessário e, nesse sentido, vale a pena querer continuar subindo mais alto. E, caso eu caia, certamente estarei seguro pelas mãos de gigantes.

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