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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Riscos

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Uma das coisas mais emocionantes da nossa vida é a possibilidade de alcançar algo correndo riscos. As vitórias assim conseguidas parecem dar um sabor diferenciado à conquista, igual a quando, sem muita experiência, nos aventuramos a cozinhar misturando elementos que, em situações normais, não seriam bem aceitos. E no final, satisfazendo todas as expectativas, o resultado fica melhor do que o cozimento feito de modo tradicional.

Aprendi a nadar de um jeito muito estranho. E perigoso. Na minha cidade natal, Janaúba - MG, chovia muito pouco: uma vez em agosto, outra em dezembro. Elas quando vinham, vinham mesmo. Enchia, alagava. Aquela terra toda virava um lamaçal só. Os rios enchiam tanto, que encobriam as árvores. Foi em um desses rios que decidi aprender. Disse a mim mesmo: é agora ou nunca. Na primeira tentativa, afundei. Na segunda também. Na terceira o mesmo colega que me salvou nas duas anteriores, disse que não me salvaria naquela hora. Não precisou. Mas foi um risco grande

Me lembro sempre quando, viajando com minha família, já há muito muito muito tempo, íamos a Florianópolis e, em meio àquela paisagem maravilhosa que enfeita o caminho, entrava nas curvas da estrada com uma velocidade acima do que era necessário. E me lembro de dizer "como é bom dirigir um carro novo sentindo sua estabilidade principalmente numa curva como esta". Hoje, olhando para trás e julgando isso com o olhar de hoje, não faria o mesmo. Isso porque acho que seria um risco desnecessário.

Há duas semanas participei de uma prova de 7km, correndo na zona Norte de São Paulo. Durante a semana eu não tive a menor chance de me preparar para aquela corrida. Não deveria ter ido, porque a possibilidade de lesão ou mesmo de frustração por não completar a prova era bem grande. No entanto, me encorajei e fui. Me concentrei muito e mentalizei a corrida. Além disso, corri o tempo todo prestando atenção em cada sensação do meu corpo. Não forcei absolutamente nada. Embora tivesse pensado em parar em um ou outro ponto, não o fiz. Fui até o fim. Mas foi um risco. Hoje não faria nada disso.


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