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domingo, 8 de fevereiro de 2015

Astros Verbais



Não é nada incomum ouvirmos pessoas dizerem, nas mais diversas situações, que se lembram das palavras de seus pais ou avós: "minha mãe sempre dizia que...", "é como dizia a minha avó"... e assim vai. As palavras que nos foram dirigidas ainda em nossa infância continuam reverberando em nossa mente (ou em nosso coração), quando nem imaginávamos a importância de gravarmos as coisas significativas que nos são ditas. Nos momentos tensos (ou não), sublimes (ou não), nossa memória recebe com muito prazer os ensinamentos, conselhos, repreensões etc., pois brilham como astros.

Ainda hoje me lembro com gratidão, com graça às vezes e com um certo incômodo (dependendo do caso) de coisas que meus professores e  colegas de escola disseram. Me lembro de palavras que despertaram risadas quase infinitas; de opiniões dadas para determinadas polêmicas que enfrentávamos; de críticas pesadas, tensas, mas sempre bem-vindas; de palavras de conforto, quando as perdas faziam questão de nos visitar, sem pedir a menor licença. Chegavam chegando, mas sempre havia ali uma palavra dada por um colega que, da melhor forma que podia, vinha trazer conforto e nos devolver brilho.

Quando trabalhava (e vale lembrar que comecei a trabalhar quando tinha 13 ou 14 anos - já estou na minha terceira carteira profissional) já na década de 80, e mesmo no meu trabalho de hoje, as palavras que digo, assim como as palavras que ouço, servem de norte para mim. Por elas eu avalio bem o que está acontecendo; por elas eu procuro deixar claro o que está acontecendo e o que pode vir a acontecer. Assim, prestando muita atenção no que ouço e no que digo, cuido para que todas as palavras promovam o bem das pessoas com quem me relaciono diariamente. Dessa forma, vemo-nos mais, porque brilhamos mais.

Mesmo nas relações interpessoais que mantemos ao longo de nossa vida (e a minha vida já está beirando a casa dos 50, porque sou de 68) existem palavras que expõem seu brilho até hoje. Às vezes, um brilho intenso, forte o suficiente para incomodar a vista - são palavras que machucam. Do mesmo modo que há aquelas que trazem uma combinação de cores tão agradáveis que parecem quererem habitar nossa retina eternamente. E assim, entre luzes verbais, seguimos nossa vida do modo como julgamos mais conveniente para que continuemos brilhando por meio do que mais emitimos: palavras.

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