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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Organização

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O exemplo é uma das formas mais eficazes de aprendizado, não há a menor dúvida. Fato é que nossos filhos aprendem mais conosco observando nossas ações do que prestando atenção em nossas palavras, em nossos sermões exaltados ou seja lá no que for e como for que falemos. Vale o mesmo para os nossos alunos e para um monte de gente que acaba se espelhando no nosso modo de ser, de estar, de pensar, de agir. Existe exemplo e contraexemplo.

Vale esta regra, ou esta relação, em diversos setores da nossa vida cotidiana. É óbvio que as pessoas se irritam e ficam mesmo indignadas quando veem um professor, por exemplo, cobrar boa letra de seus alunos, quando ele próprio não tem o grau de legibilidade esperado para aquela profissão. Ou quando ele cobra que o aluno seja justo em suas ações, mas ele mesmo favorece um aluno em detrimento de outro. E quando cobra pontualidade, e ele mesmo chega atrasado? E quando dá bronca quando o aluno não traz a lição no dia, e ele mesmo atrasa a entrega de provas, notas etc.?

Causa indignação também e uma certa perplexidade, estupefação no mínimo, quando vamos a um especialista em algo e ele próprio não tem as condições práticas necessárias para servir como exemplo do que ele próprio diz. Lembro do meu dermatologista, que me ajudava na busca de soluções contra queda de cabelos: ele era careca. E do nutricionista que era gordo? E o médico fumante que orienta o paciente a não fumar? E o padre que da curso sobre vida conjugal?

Ou ainda como o profissional que é ferrenhamente cobrado em sua organização de prazos, datas, documentos etc., e a própria empresa oferece fartos exemplos de desorganização. É de "causar espécie", como diriam os antigos advogados. Mas ao profissional, neste caso, caberá apenas o ato de bom exemplo da resignação. "É a parte que te cabe neste latifúndio", diria João Cabral de Melo Neto no lindíssimo texto "Morte e vida severina". Aliás, um bom exemplo.

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