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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Útil



Todo mundo sabe que a vida da gente é curta. Que dura pouco, por mais que ela possa durar. Não importa se vamos durar 50, 70, 90 anos ou mais. Eu, por mim, como já disse algumas vezes aqui mesmo, estou para os 70. Não pretendo bater na porta dos 90, como um homem dependente dos outros, pouco sóbrio e um tanto debilitado. Não. 75 em diante, para mim, já seriam hora extra.

Independentemente de quanto eu durar, vou sempre viver com a certeza de que o tempo todo procurei ser útil alguém ou mesmo a algo (um evento, um fato, um projeto... qualquer coisa). Não há sensação melhor, ao menos para mim, do que a de sentir que a minha interferência melhora em alguma medida a vida de alguém, sobretudo, das minhas filhas, de meus familiares, meus amigos, meus alunos.

Alguém me objetará dizendo que o que se sente útil é máquina, não é gente. Para serem úteis é que se fazem robôs, por exemplo. Sim, esses mesmos que são úteis para tudo. Há até robô que dá aula no Japão. Uma máquina que supostamente até dialoga com os alunos, dando a impressão de ser viva. Uma das coisas que ela faz é medir a postura do aluno e corrigir seu modo de sentar-se. Ela também percebe se seu olhar está direcionado para onde deve. E, no mais, quanto à "transmissão" de conhecimento, aí é até covardia, ela tem um banco de dados invejável a qualquer de nós.

Quem assistiu ao filma "O homem bicentenário" - com o magistral Robbin Williams - vê como uma máquina se mostra útil e envolvida nos afazeres familiares. Tanto que ela acaba desenvolvendo afeições e sentimentos pelos familiares. Isto é, a máquina vai se humanizando - aliás, seguindo o processo inverso ao nosso, que muitas vezes vamos nos reificando, vamos virando coisas, máquinas de fazer: mecanicamente úteis. Não é essa a dimensão do ser útil que me encanta. Nem hoje nem quando eu estiver com os meus 70 e.

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