Sempre olho as notícias relacionadas às descobertas científicas; as de menor proporção, como a de uma parte do joelho humano que ainda não havia sido estudada; e as de maior proporção, como esta, segundo a qual 80% da luz do Universo tem origem desconhecida. Já seria um número extraordinário se fosse relativo ao Universo. Torna-se ainda mais quando se toma o número 80%. Claro que isso me lembra o conteúdo de um recente anúncio publicitário em que se diz: "Sabe nada, inocente".
Não é demais lembrar que todos nós somos incrivelmente pequenos diante da magnitude deste nosso planeta. Demais também não lembrar que este nosso planeta é um nadinha no meio da galáxia de que ele faz parte. E se pensarmos que esta é apenas uma das muitas galáxias que compõem o Universo, aí não só vemos o minúsculo tamanho da Terra, como também somos levados a refletir sobre a nossa ínfima condição nesta existência.
Pois os cientistas não sabem de onde vem 80% da luz do Universo. E, por certo, não se trata de um cientista pequeno e despreparado ou sem recursos tecnológicos altamente avançados. Por certo, trata-se dos melhores cientistas, com acesso aos melhores equipamentos. E nem assim. De fato, mesmo de posse de uma gama de recursos, a nossa impotência se apresenta.
Isso me lembra a música do Pink Floyd: "Shine on you crazy diamond", que vai tratar justamente da luz de uma pessoa, de um amigo, de um companheiro de profissão, cuja luz vai se ofuscando. E me lembra também de como algumas pessoas brilham tanto para nós. O que não sei ao certo é se somos nós (ou não) que as fazemos brilhar mais (ou menos). De onde virá a luz que vemos nas pessoas? Para onde irá a luz que deixamos de ver nelas?
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