Valeu a visita!

Daqui pra frente, divirta-se trocando ideias comigo.
Conheça meu outro blog: http://everblogramatica.blogspot.com.br

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Probabilidade zero?



Ontem eu falei aqui sobre a segurança que temos, mesmo quando estamos caindo sem nada enxergar e sem saber a hora do impacto do final da queda. Me referia à queda através de um tobogã que me levava a uma piscina de água acolhedora e quente. A probabilidade de eu cair naquela água era, sem trocadilho, líquida e certa. 100% de certeza de que eu cairia ali.

É muito bom contar com a certeza, pois isso nos dá segurança plena, sobretudo, pelo fato de haver a probabilidade de ocorrer um final diferente tende a zero. No entanto, é preciso lembrar que o "tende a zero" não significa "zero". Foi exatamente o que aconteceu hoje em Belo Horizonte, quando no meio da tarde, com trânsito fluindo naturalmente, um viaduto despencou. Toda a sua estrutura de concreto veio a baixo. Toneladas esmagaram dois caminhões, um ônibus e um carro normal.

Mortes, claro. E muitos feridos. Entre todos esses, com toda a certeza, uma pergunta ecoava: qual era a chance, qual era a probabilidade de eu ser atingido por um viaduto? É absolutamente improvável que alguém julgasse que a probabilidade tendia a zero e, por essa razão, se recusasse a passar sob o viaduto, achando que a qualquer hora ele pudesse ruir e destruir automóveis e vidas.

Quando a tendência a zero se torna maior todas as demais 9 dezenas de possibilidades, certamente há fatores que se tornam determinantes. Esses fatores podem ser de ordem natural, isto é, o solo pode ceder ao peso e desestabilizar toda a estrutura. Pode haver também fatores de ordem humana, quer dizer, alguém que tenha falhado no cálculo, seja na fase de planejamento, seja na fase de execução. Isso pouco importa para os que morreram naquele acidente, mas não para os que ainda creem em probabilidade zero. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário