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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Nossa coluna




Não. Nem de longe vale a comparação. Chega a ser mesquinha, mas vou dizer. Já faz alguns anos que convivo com uma dor infernal, sobretudo em épocas de crise. Tenho três hérnias lombares, uma delas fica justamente naquela que Neymar teve fraturada hoje: a terceira. Um bando de gente insensível tem a capacidade de dizer que é frescura quando a gente se contorce em dor, quando fisgadas inesperadas fazem o corpo da gente reagir num espasmo incontrolável. Em público, a gente consegue controlar para não gritar de dor. Mas dói. Como dói.

Dói mais ainda o fato de essa dor ser limitadora. A gente não vive mais como pessoa normal. Não chegamos a ser anormais, mas tem uma série de limitações, sobretudo de movimentos, em primeiro lugar; e também de certas ações, certas brincadeiras, certos jogos em que o contato é grande ou em que há movimentos de entorce ou de viradas bruscas ou ainda de impactos fortes. E não nos resta outra coisa, senão nos conformar.

Às vezes, a perda é pequena. Hoje, por exemplo, jogo menos futebol do que gostaria. Escalo menos pedras do que gostaria quando estou em praias, Pulo menos de escuna do que eu gostaria. No final do ano passado, fiz isso aos montes, sabendo dos riscos que ia correr. Corri. E não deu outra. Era 30 de dezembro quando cheguei em casa. Passei o dia 31 e o dia 1º praticamente colado em minha cama, sob dores que medicamento algum conseguia eliminar.

Outras vezes, a perda é grande. Neymar acaba de sofrer uma pancada forte justamente sobre a terceira vértebra de sua coluna lombar. Via-se a dor estampada em seu rosto. Saiu do estádio diretamente para o hospital. E de lá veio a notícia de que, para ele, a Copa havia acabado, uma vez que a pancada tinha resultado em uma fratura daquela vértebra. No mínimo dois meses para se recuperar. Às vezes pequenos sonhos acabam. Outras, grandes. Tudo está na coluna e depende dela.

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