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domingo, 26 de agosto de 2012

Cura pela (falta de) memória

Alzheimer é uma palavra que soa negativamente logo que se pronuncia. Também pudera: diz respeito a um mal incurável - até onde sei. Ele "me subtrai do que em mim passou". Mas a perda de memória, desassociada do Alzheimer, esta tem muitas possibilidades de cura.

É evidente que há coisas, pessoas, acontecimentos que é melhor esquecer. É, no mínimo, mais salutar. É preciso lembrar as coisas boas que nos fizeram o que somos. Há muitos meios para isso. A internet, por exemplo, é uma ótima ferramenta para reencontrar amigos. E amigos, uma eficiente companhia para ressuscitar a memória. 

Eu mesmo já tive oportunidade de poder rever amigos que eu não via desde meus 10 anos. Desde os meus 15 anos. Desde os meus 20epoucos anos. Esses reencontros foram completamente revigorantes para minha memória. Lembrei de muitas realizações, de muitos jogos, de muita diversão, muitas traquinagens. Lembrei de coisas que eu dizia e ouvia. Lembrei de coisas que eu cantava e tocava. Lembrei de coisas que eu lia e escrevia. Lembrei de desafios superados. Lembrei de frustrações. Lembrei de sonhos. Lembrei de mim.

Trata-se, sem dúvida de uma reconstrução do próprio passado. De uma reconstrução de si. É um reavivar da memória e, por conseguinte, das emoções e sensações associadas a cada acontecimento trazido novamente à tona. Embora  mais difícil, lembrar sozinho é muito legal. É um insight, um flash. Um flash back. Mas lembrar pelo testemunho dos outros tem um ar de credibilidade magnífico! Tem um tom medicinal, na medida em que nos cura do esquecimento de mim mesmo. Este ganho de memória "aumenta em mim o único que sou".

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