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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Paixão nova e o nosso melhor

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A gente que já está chegando à casa dos 50 vai perdendo a capacidade de se surpreender e de participara do que os antigos filósofos chamavam de "estranhamento", perdendo justamente o encantamento que as coisas, fatos ou pessoas podem propiciar. Não que deixemos de ter, porque "o novo sempre vem ", como cantava Belchior. Mas é fato, é em menor número que isso acontece.

Um esporte antigo que sempre despertou nossa paixão, de homens viris e ocupados de coisas dessa natureza, sempre foi o futebol. De modo que, excetuado o tempo de estudo, quando jovens, nos dedicávamos a jogar, jogar e jogar - em times mesmo, em duplas, trios...fosse quanto fosse. Como se não bastasse, assistíamos futebol "ao vivo" e os programas de mesa-redonda à noite. Só que progressivamente, por opção ou por forçosa escolha (de saúde, por exemplo), vamos deixando o futebol e assumindo outra prática esportiva, como a natação ou a corrida.

Corremos pouco. Andamos muito. Corremos um pouco. Andamos pouco. Corremos muito. Corremos. Pelo prazer de correr, por aqueles minutos de concentração na musculatura, na respiração, nas passadas firmes e no controle do tempo. Corremos e descansamos. E enquanto descansamos, lançamos mão de um instrumento para preencher a energia criadora que brota nesta hora. E, aos poucos, migramos de um predominante violão, para um sonoro contrabaixo, e deste para um pequeno, singelo e absolutamente melódico ukulelê - uma guitarra havaiana.

Paixãozinha nova por este instrumento, sentimento que vai crescendo em tamanho desproporcional ao dele. E assim vamos vivendo de paixão em paixão. E de um ukulelê acústico para um elétrico. E deste para um elétrico Les Paul (aí é bem top), pelo simples prazer de tocar com amigos ou mesmo sozinho em casa. E assim, vamos de paixão em paixão, vivendo o que cada uma tem para nos oferecer, bem como  o quanto de nós existe para se mostrar por meio dele. Talvez seja para isso que a paixão existe: para que possamos mostrar o que há de melhor em nós.

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