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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Chaves na porta



Ainda são 17h e já aconteceu por três vezes: deixei a chave para fora da porta hoje e saí. Uma vez em casa, duas vezes no escritório. Sim, claro que estamos todos no final do ano. Hoje é meu último dia de trabalho em 2014 e também último antes de viajar. Um cansaço acumulado pode estar gerando esta desatenção que me impede de completar o gesto de trancar a porta e sair com a chave na mão.

Sim, pode ser o cansaço, sim. Não resta dúvida de que a falta de energia suficiente para um conjunto grande de atividades e responsabilidades faz com que uma ou outra coisa seja deixada para trás. No entanto, quero ir além da visão mecanicista disso e pensar um pouco a partir de um ponto de vista psicológico ou simbólico desse triplo esquecimento da mesma coisa em um espaço de menos de 10 horas.

Se deixei a chave na porta em casa, alguma razão deve haver. Tudo bem que eu estava saindo de lá com dezenas de coisas nas mãos. Era tanta que qualquer movimento em falso derrubaria algo - como aconteceu, aliás. Independentemente disso, a chave deixada na porta pode ser um símbolo de um pedido velado para que alguém entre na minha casa, na minha vida, e queira compartilhar comigo o cotidiano, com tudo que ele tem de bom e de ruim?

E se deixei a chave na porta no escritório, outra razão deve haver. Tudo bem que eu estava a minutos de me dirigir ao banco e, por isso, alguma pressa era necessária. Mas também não quero limitar minha visão a este aspecto. Algo de psico e de símbolo há nesse esquecimento duplo. Será uma representação de um desejo intenso de que o ano que virá traga mais oportunidades para o escritório? Não sei. Minhas portas estão abertas para o que de bom quiser entrar na minha casa e no meu escritório.

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