Valeu a visita!

Daqui pra frente, divirta-se trocando ideias comigo.
Conheça meu outro blog: http://everblogramatica.blogspot.com.br

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Momentos únicos de decisão




Sempre me marcou muito um verso que é atribuído a Jorge Luis Borges, no poema intitulado Instantes: "porque a vida, se não sabem, é feita só de momentos: não os desperdicem agora". Certamente não são essas exatas palavras, mas a ideia é a mesma. E o que me interessa aqui é a importância dos momentos. Entre os muitos momentos que vivemos, há aqueles que podem se alongar, aqueles que qualquer atitude pode ser revista, porque não interfere negativamente nas demais.

Há, no entanto, momentos que são absolutamente decisivos; aqueles em que as atitudes são a chave que abre a porta do progresso do avanço, ou que conduzem apenas até a porta porta. Simples porta que não abre, que impede passagens e alargamento de horizontes, limitação de visão, tolhimento. Dizer o "sim" ou o "não para uma relação proposta. Optar pelo "sim" ou pelo "não" diante da alternativa de dar prosseguimento a uma gestação. Pedir ou não o desligamento da empresa. Esses e outros muitos outros em que se vê a importância de um momento decisivo individual.

Do ponto de vista coletivo, por exemplo, de um trabalho em equipe, existem momentos em que a atitude de um, de apenas um, compromete o trabalho de uma equipe inteira. Compromete todas as ações realizadas durante uma temporada inteira. Penso agora em um jogador de futebol que está incumbido de fazer a cobrança de um pênalti, daqueles posteriores não só ao jogo de 90 minutos, mas também depois da prorrogação de 30. E, de repente, ele se vê diante de uma situação na qual seu chute pode colocar a equipe campeã ou torná-la derrotada em um embate exaustivo.

Pessoas que individualmente, por meio de uma simples palavra (sim ou não) dão uma guinada enorme em sua vida em razão de uma atitude tomada diante de uma proposta maniqueísta (vou, não vou; fico/não fico; compro/não compro...). Outras pessoas que alteram o curso da vida de uma equipe toda - famílias inteiras, colegas de trabalho, companheiros de time...) são gente que tem uma porta diante de si e, na mão, duas chaves. Uma delas abre a porta. E a escolha de apenas uma das chaves. Saber se seria melhor manter a porta fechada ou abri-la é questão de decisão.


Nenhum comentário:

Postar um comentário