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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Música pra cair e levantar



Todo mundo já teve momentos na vida em que se pegou cantando com a maior intensidade possível a música "tente outra vez", do Raul. Exceto os muito mimadinhos e protegidinhos de mãmis e pápis, todos já tomaram uma e/ou outra bordoada da vida, que resultou em perda de sentido momentânea. Tanto que deve ter ficado como retrata Bob Dylan em "Like a Rolling Stone": with no direction home, a complete unknown, like a rolling stone

Os mais antigos, menos agitados e muito mais ponderados, vão se lembrar dos versos da cançã o"Volta por cima", de Paulo Vanzolini (morto há alguns meses), na voz de uma Beth Carvalho ou de um Jorge Aragão: reconhece a queda; não desanima; levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Essa é justamente para aqueles que conseguem refletir direitinho sobre o tombo e refazer os passos para não cair mais naquele mesmo lugar.

Os mais jovens muitas e muitas vezes não veem sentido na queda e às vezes nem sabem por que caíram ou onde caíram ou se existe a possibilidade de caírem ali novamente. Daí, cantam, de uma banda mais recente, como Capital Inicial, a famosa estrofe: Se não faz sentido, discorde comigo: não há nada demais. São águas passadas, escolha outra estrada e não olhe pra trás. E seguem o jogo, com grande chance de caírem de novo, mas, curiosamente, seguem.

Nem sempre é 'so easy' se viver, canta Lulu Santos, na canção "Tudo Bem". Essa, na verdade, é a conclusão a que ele chega depois de dizer: já não tenho dedos pra contar de quantos barrancos me atirei, quantas pedras me atiraram ou quantas atirei. É assim, um dia a gente cai, outro a gente levanta. Um dia a gente é a caça, outro a gente é o caçador. Estou como Chico Buarque: Hoje é o dia da graça, é o dia da caça e do caçador.

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