No mínimo, no mínimo, engraçado esse dentista. Já faz um tempo, estava almoçando com um dentista que é meu amigo há um tempo. Ele integra a turma do futebol (esporádico na prática, mas eficaz na amizade). Pós-jogo, entre uma cerveja e outra de domingo à tarde, alguém levantou o assunto voltado para os diversos trabalhos realizados por ele, que atende o dia todo de todos os dias. Trabalha um montão. Por isso mesmo, tem história de sobra pra contar.
Até aí, normal. Afinal, contar histórias é coisa comum para dentista que, às vezes, fica mais de hora atendendo um mesmo paciente de boquiaberto naquelas cadeiras desconfortáveis e com uma bomba de sucção de saliva pendurada no canto da boca. Quando alguém lhe perguntou qual era a melhor hora para se pensar em trocar a escova de dentes, ele, fino como é, emendou: olha, escova de dentes é que nem vassoura de piaçava. Depois que você cansa de varrer a casa e a bicha já está entortando as cerdas, tá na hora de trocar.
Só o sotaque dele já é algo que faz rir por natureza, mas aquela comparação com vassoura de piaçava foi ruim demais. Ri tanto, quase cuspi o gole de cerveja que eu estava prestes a engolir. Lancei a mão à boca e virei o rosto para não correr risco de encharcar os demais colegas. Eles também rachavam de rir. Ele não aguentou e se colocou no grupo dos gargalhões. Antes de nos acalmarmos e controlarmos nossa risada, ele emendou outra.
Depois de aproveitar as nossas arcadas dentárias expostas nas gargalhadas, ele notou que alguns dentes estavam meio amarelados. Coisa de dentista: igual professor que fica tentado a corrigir quem fere a norma, ou igual a psicólogo que fica analisando os outros o tempo todo. Explicou que isso se dá porque os dentes são porosos e, por isso, os resquícios de alimentos penetram os poros e se mantêm lá. Isso não aconteceria - disse ele - se os dentes fossem como peças de porcelana, como pratos e (esperei o pior...) (que veio...), como pratos e privadas - que ficam sempre brancos independentemente do tipo de substância que eles...
** incríveis metáforas e comparações odontológicas... Dá pra não rir?
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