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domingo, 8 de março de 2015

Rir dos próprios erros

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Tive que ler muito nesta vida. E faço isso sempre, ora por puro prazer e diletantismo, ora por total responsabilidade. Um dos livros  mais particularmente significativos que li por ocasião do Doutorado foi o do Henri Bergson, intitulado "O Riso". Consiste em uma série de uma série de palestras que tratam justamente do riso, tomando-o como o mais forte gesto social de punição. Sim, porque é pelo riso que castigamos os costumes (como diziam os romanos: rindo castigam-se os costumes). Por isso a gente ri de defeitos, de falhas, de elementos surpresa - especialmente quando se trata de outros, que não nós mesmos ou pessoas próximas a nós.

Mas rir de nós, em vez de ser punição, pode ser um ótimo remédio. Os mais sábios aconselham isso, que no senso comum acaba sendo dito por todo mundo. Até psicólogos são capazes de se apoiar em Freud, Jung e Lacan para dar o mesmo conselho. Olha, é importante rir dos seus erros. Minha vó, sem formação nenhuma dessas aí já dizia. E hoje eu me vi numa situação dessas. No afã de arriscar postar um vídeo meu cantando (altíssima insanidade, por certo), errei muito. E em um desses erros, eu ri quase sem parar, de tão divertido que foi ver o erro.

Aquela risada toda me encorajou ainda mais. E é lógico que a gravação posterior ficou mais leve. Não ficou livre de erros nem minha voz ficou assim uma voz de Tim Maia, mas até que deu pro gasto. Vou postar isso também. Mas o fato é que ter errado e lidado tranquilamente com o erro me deu mais condições de continuar. Ah como seria bom se fosse assim também na vida da gente, não? Na vida interpessoal, profissional, acadêmica etc.

Infelizmente em muitos locais não há lugar para erros. E quando há e o erro é acompanhado de sorriso, isso acaba confundido com irresponsabilidade. E, às vezes até pode ser - reconheço, porque tem muita gente que não está nem aí para as consequências do próprio erro. Mas não é todo mundo. E, para falar a verdade, seria muito bom, bondmais mêz (como dizemos os mineiros), se só o fato de rir dos erros fosse a solução para superar deficiências antigas - com a de não conseguir cantar em público ou a de não memorizar caminhos e errar sempre. Bom, quem sabe... vou continuar rindo.

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