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sexta-feira, 13 de março de 2015

Quem sabe, faz a hora



Tô com a música do Vandré na minha cabeça. Qual? Não há muitas músicas conhecidas dele. Refiro-me a "Pra não dizer que não falei das flores", cujo refrão é justamente o que está ecoando aqui feito badalo de sino que quer bater 24 vezes, uma para cada hora do dia - e que, se deixar, dá meia batida a cada meia hora: "Quem sabe, faz a hora, não espera acontecer".  Será mesmo? Ou será que existe um terreno em que o esperar é uma forma do fazer acontecer?

Vem-me à cabeça também o filme "Teoria de tudo", que pude assistir há duas semanas com minha filha. Saí de lá encantado com o fato de como as dificuldades infinitamente grandes de Hawkin foram superadas. Ali, é claro no filme (não conheço sua biografia), ele estava prestes a desistir, a não fazer acontecer. Estava prestes a esperar. A esperar seu fim chegar. E só não o fez, graças à atitude proativa e confiante daquela que viria a ser sua esposa e mãe de seus filhos. Nada mal pra quem havia sido desenganado e informado de seus apenas dois anos de expectativa de vida.

Os versos de Chico Buarque, na música Carolina, também atravessam meus ouvidos, enquanto o quadro de Dali também o faz, com a imagem da moça na janela, olhando o mar para fora de sua casa. O mundo passa na janela e a gente não vê? Ele não passaria independentemente de nós? As oportunidades são mesmo irreversíveis? O que vai ser nosso pertencerá mesmo de fato um dia a nós? É o mundo que está passando por nós mesmo, ou pode ser o contrário?

Santos questionamentos que jorram das mãos de pintores, poetas cantores e saltam pra dentro do coração da gente, em esparsas e superficiais imagens visuais e sonoras que chacoalham nossas convicções. Eu, se filósofo fosse, provavelmente estaria absolutamente inquieto, pesquisando informações que fossem suficientemente capazes de responder às minhas inquietantes perguntas. Mas não sou filósofos, sou só mais um na multidão dos que têm perguntas à espera e à busca de respostas para que as coisas aconteçam.





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