Neste ano, os textos deste blog
serão dedicados a relatos de experiências do dia a dia que sejam capazes de nos
ensinar a aprender. Esta será a intenção de escrita de cada um deles: propiciar
condições para que possamos aprender a aprender. Talvez nisso resida o grande
segredo ainda pouco explorado da educação: saber aprender é mais importante do
que saber o conteúdo aprendido.
Uma das principais coisas a se
pensar é que aprender depende de algum tipo de experiência, a qual pode
envolver outra pessoa – ou não. É possível aprendermos sozinhos e é possível
aprendermos tanto no contato direto com outra pessoa, quanto no contato com o
que alguém escreveu, mostrou, relatou, compartilhou etc. O fato é que, quanto
mais vivemos, mais aprendemos e, por sua vez, quanto mais aprendemos, mais vivemos.
Sim, a consciência das coisas ao nosso redor e do nosso interior nos torna
seres humanos mais capazes de conviver.
Em um dos momentos mais
complicados da minha vida pessoal, eu me via enredado por pensamentos
autodestrutivos que me faziam pensar negativamente. Precisava aprender a me
libertar daquela situação psicológica e emocionalmente ruim. E foi correndo,
literalmente, que encontrei a solução e aprendi a não ser dominado pelos pensamentos.
Corria no Jardim Botânico bem cedinho e, vendo o sol atravessar os pequenos
espaços entre as folhas das grandes árvores e clarear o lago sereno que estava
ao meu lado, não tive dúvidas: eu precisava mudar o foco e passar a valorizar
as coisas boas e bonitas da minha vida e tirar o foco das ruins. Não significa
dizer que as ruins deixaram de existir, mas que deixaram de ter minha atenção.
Isto é, sozinho aprendi a me
libertar de uma situação que me fazia mal e me puxava pra baixo, de tal modo
que a vida tinha passado a ser sem graça. Essa simples, mas radical mudança de atitude
se estendeu para outras áreas: parei de escutar músicas tristes, passei a ler
coisas que me traziam ânimo, preferi falar e fazer coisas que me faziam bem.
Meu ânimo mudou, minha disposição mudou, minha vida mudou. E mudou pra melhor.
Por quê? Porque aprendi, sozinho, a exercer algum controle saudável de meus
pensamentos e de minhas emoções.
Nos próximos textos, trarei mais
experiências (minhas e de outras pessoas) que possam nos dar dicas de como
aprender a aprender.
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